quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Saudade.

Eita palavrinha complicada. Complicada de explicar e de sentir. Primeiro porque a gente só descobre o real significado dela quando algo realmente nos faz falta. Segundo porque o único remédio é a volta de quem não está e deixou o lugar vazio quando foi.

Saudade não é o mesmo que vontade de comer doce e não ter nada na geladeira ou no armário. Nem é a sensação que a gente tem quando vê fotos antigas. Saudade mesmo é aquilo que a gente sente sem precisar de estímulo externo. É a lembrança da ausência e a vontade quase doída de abraçar aquela pessoa e dizer o quanto ela é importante na nossa vida, o quanto tudo muda quando ela não está.

Como disse Renato Russo, “se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais”. Para mim, esse algo mais é o amor. Sem ele, não há saudade, só memória. Alguns dizem que sentir essa falta é bom de vez em quando. Mas eu me atrevo a consertar a frase: bom mesmo é matar a saudade.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Minha Favorita!




Finalmente acabou a novela! Minha satisfação em ver o fim definitivo de "A Favorita" não foi devido à sua falta de proximidade com a vida real (como muitos criticaram), nem aos buracos deixados para trás pelo autor João Emanuel Carneiro. Fiquei aliviada com o final da trama por um simples motivo: me livrei de um vício! Depois de muito tempo sem assistir a uma novela, acabei gostando tanto da história mirabolante de Flora e Donatela que perder um capítulo era doloroso. Cada dia era muito importante na construção da história.

É por isso que considero A Favorita como uma das melhores novelas exibidas nos últimos anos. "Sem barriga" (jargão usado para enredos sem a famosa enrolação"), a história envolveu e conquistou pessoas que, a princípio, detestavam novelas. Não era para menos, afinal, não é todo dia que vemos uma que não obedece fielmente os padrões seguidos pela maioria dos roteiros.

Não que A Favorita tenha sido extremamente inovadora, mas o fato de ter jogado com a dualidade (e até mesmo incoerência) das personagens principais, não ter sustentado o mistério de "quem matou Marcelo" até o final, e ter investido nas cenas fortes e nos diálogos desbocados (e não apelativos) a novela cativou o público.

Apesar das controvérsias, até mesmo a morte do Gonçalo (interpretado por Mauro Mendonça) foi brilhante, na minha opinião. Nenhum revólver ou saco plástico no rosto seria tão impecável. Eletrizante sim, mas quem disse que o horror não pode ter qualidade?

Por essas e outras, a loucura de Flora ficou na boca do povo: "será possível alguém ser tão mau?". No final, a resposta que ninguém deu, ao menos para mim, ficou bem clara: sim, lá na TV é possível. E quem quiser ver realidade e verossimilhança, que vá para a rua em vez de ficar em casa vendo novela. E se ainda assim precisarem de um motivo palpável e "real" para a crueldade da protagonista, aí vai: Flora não era má só porque ser má é legal. Ela era doente de amor, inveja e carência. Haja psiquiatra para ela!

Bom, depois de Faísca e Espoleta, eu não pretendo ver o Caminho das Índias, que estreou nessa segunda-feira. Prefiro me manter à distância, longe do vício novamente, até porque acho que pode não valer a pena. A novela que acabou ainda é minha favorita.
** Quer ver a maioria dos capítulos da novela? vai lá: http://www.afavoritabr.blogspot.com/

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Explosion - New Year's Eve

Tudo começou com uma idéia ousada: ir para a praia passar a virada do ano. Como sou meio "arroz de festa" eu animei logo de cara, mesmo achando que não teria dinheiro para uma viagem potencialmente cara como esta.

Depois de alguns obstáculos, fomos derrotados por falta de dinheiro, dificuldades de achar um lugar bom e barato e por indecisão dos convidados. Tivemos que partir para o plano B, que seria ir para um sítio. Nem preciso falar que o sítio também melou na última hora e, de repente, a opção mais óbvia, que ninguém queria sugerir, acabou ficando: comemorar a vinda de 2009 na casa de alguém. Otávio foi o anfitrião. Eu levei parte da ceia feita com capricho e muito carinho pela minha mãe. O resto ficou por conta dos outros convidados.

Eram quase dez horas da noite quando Fábio, meu namorado, e eu chegamos à casa da festinha. Arrumação das comidas, problemas com o som; faltavam 40 minutos para a meia-noite. Para passar o tempo, só restava brincar. Fábio foi quem teve a brilhante idéia de jogar o Pá (acreditem ou não, é uma espécie de Mau-Mau sem usar cartas). Viciamos. Entre gargalhadas, movimentos engraçados, palavras esdrúxulas, pessoas comendo mosca e recomeços, muitos recomeços, chegamos ao último minuto de 2008.

Champanhe estourado antes da hora, contagem regressiva, brinde a 2009, uvas supersticiosas, fotos, telefonemas de parentes e amigos. 2009 começou muito bem. Violança, brincadeira de Comando, Pá novamente, Aaaafrica bambata, sorvete com brigadeiro, violança de novo. Tudo passou tão rápido.

Muitas vezes, ao longo da minha vida, eu ouvi pessoas dizendo "depois dos 18 anos, o tempo voa!". Começo a concordar. Ainda bem que não sou do tipo depressivo de festas de final de ano. Como disse Nando Reis "é bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer. É bom olhar pra frente. É bom, nunca é igual, olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascendo"... e por aí vai.
2009 vai ser um ano cheio para todos nós, com formaturas, empregos, incertezas. Agora resta fazermos as promessas, os planos e os pedidos. E que, dessa vez, a gente consiga realizar todos eles, para variar.


** Dedico este texto a todas as pessoas que, como o Fábio, tiveram que trabalhar neste primeiro dia do ano.