quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Atenção, monógamos, cuidado!

Mais uma bomba que a BBC Brasil divulgou: “Homens polígamos vivem mais que monógamos, diz estudo - Para cientistas, continuar a ter filhos em idade avançada pode explicar fenômeno”.

Era só o que faltava! Como se não bastassem as pesquisas que comprovam que “mulheres preferem fazer compras a sexo e homens trocariam mulher por cerveja”, agora eles vêm dizer que só o fato do homem ter várias esposas (e ter filhos na terceira idade) faz com que ele viva mais. E o pior não é isso! Eles nem consideraram na pesquisa os fatores sócio-econômicos dos países analisados.

Mas, e se um desavisado perguntar: “então por que a mulher costuma viver mais do que os homens, sendo que ela enfrenta a menopausa e nem pode ter vários maridos?” Ahhh... eles respondem prontamente que é porque a mulher sofre do “efeito avó”, que faz com que as velhinhas vivam mais após a imensa alegria de verem seus netinhos crescendo. Acho que alguém devia falar isso pras minhas tias que já entraram na 4ª idade, mesmo não casando e nem tendo filhos, muito menos netos.

Outro argumento deles é que tendo mais esposas para cuidar dos polígamos, eles não estariam tão sujeitos a problemas de saúde, enquanto os monógamos, após sofrer a morte da única e solitária esposa, morrem por falta de cuidados. É... meu pai é que foi inteligente, já que se casou de novo após a morte da primeira esposa.

Ele foi mais perspicaz do que um nigeriano metido a espertinho que pode ser condenado à morte por ter 86 esposas, sendo que o máximo permitido é de 4 mulheres para cada homem. E ainda tem gente que diz que polígamo vive mais. Vai entender!

sábado, 9 de agosto de 2008

O dia em que não me formei

4 anos passaram, mas para mim ainda falta mais um. Alguns colegas conseguiram terminar o curso a tempo, e já foram para a selva do mercado de trabalho. Eu preferi adiar mais um pouco o "grande dia", mas a festa veio antes. Seria estranho formar (ou, pelo menos, festejar) com outras pessoas que não aquelas que começaram a caminhada junto a mim.
Mas o curso de Comunicação Social não é tão propício às turmas unidas, já que muito cedo, no terceiro período, começamos a traçar nossos próprios caminhos. Deve ter sido por isso que eu não tive vontade de chorar com a possibilidade de minha turma se desfazer depois da formatura. Afinal, ela nunca foi uma unidade, mas um "mosaico", como uma amiga disse. É claro que vou sentir falta de algumas pessoas da sala, das festas, mas não posso dizer que esta sensação seja a mesma que senti quando saí do Segundo Grau, para entrar para a Faculdade.
Talvez seja porque não estou formando de verdade, ou porque ainda não senti o chicote do Mercado de Trabalho estalando em minhas costas, ou ainda porque sei que mais da metade dos formandos nem terminou o curso, assim como eu. Mas uma coisa não posso negar: a sensação de me formar, mesmo de mentira, é sempre forte. É inconfundível o frio na barriga para buscar o "canudo" que, na verdade, em vez do diploma, continha dois papéis com endereços da turma e uma mensagem da comissão organizadora.
Se já me sinto madura e adulta o suficiente para ser chamada de Jornalista? Não sei. Pode ser porque realmente ainda não me joguei na fogueira da corrida pelos empregos, mas também acho que parte dessa demora para "cair a ficha" é devida à escolha obrigatória que temos que fazer logo depois que saímos do Segundo Grau. Eu só tinha 17 anos quando escolhi ser jornalista, e nem parece que o tempo passou tão rápido.




* Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a toda minha família pelo apoio (incluindo pais, irmão, primos e primas, madrinhas e padrinho, tias e tios, etc), ao Fábio, pelo amor, companheirismo e por tirar fotos desse momento único (hehehe); às Alines e Reginas e à minha GRANDE amiga Tati e seu namorado JJ, que têm estado sempre presentes na minha vida. Ah.. Como não tive espaço no convite, aproveito para agradecer ao pessoal da TV UFMG, que foi o melhor estágio que já fiz até hoje, tanto em termos de aprendizado, quanto nas amizades que conquistei.