sábado, 9 de agosto de 2008

O dia em que não me formei

4 anos passaram, mas para mim ainda falta mais um. Alguns colegas conseguiram terminar o curso a tempo, e já foram para a selva do mercado de trabalho. Eu preferi adiar mais um pouco o "grande dia", mas a festa veio antes. Seria estranho formar (ou, pelo menos, festejar) com outras pessoas que não aquelas que começaram a caminhada junto a mim.
Mas o curso de Comunicação Social não é tão propício às turmas unidas, já que muito cedo, no terceiro período, começamos a traçar nossos próprios caminhos. Deve ter sido por isso que eu não tive vontade de chorar com a possibilidade de minha turma se desfazer depois da formatura. Afinal, ela nunca foi uma unidade, mas um "mosaico", como uma amiga disse. É claro que vou sentir falta de algumas pessoas da sala, das festas, mas não posso dizer que esta sensação seja a mesma que senti quando saí do Segundo Grau, para entrar para a Faculdade.
Talvez seja porque não estou formando de verdade, ou porque ainda não senti o chicote do Mercado de Trabalho estalando em minhas costas, ou ainda porque sei que mais da metade dos formandos nem terminou o curso, assim como eu. Mas uma coisa não posso negar: a sensação de me formar, mesmo de mentira, é sempre forte. É inconfundível o frio na barriga para buscar o "canudo" que, na verdade, em vez do diploma, continha dois papéis com endereços da turma e uma mensagem da comissão organizadora.
Se já me sinto madura e adulta o suficiente para ser chamada de Jornalista? Não sei. Pode ser porque realmente ainda não me joguei na fogueira da corrida pelos empregos, mas também acho que parte dessa demora para "cair a ficha" é devida à escolha obrigatória que temos que fazer logo depois que saímos do Segundo Grau. Eu só tinha 17 anos quando escolhi ser jornalista, e nem parece que o tempo passou tão rápido.




* Gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a toda minha família pelo apoio (incluindo pais, irmão, primos e primas, madrinhas e padrinho, tias e tios, etc), ao Fábio, pelo amor, companheirismo e por tirar fotos desse momento único (hehehe); às Alines e Reginas e à minha GRANDE amiga Tati e seu namorado JJ, que têm estado sempre presentes na minha vida. Ah.. Como não tive espaço no convite, aproveito para agradecer ao pessoal da TV UFMG, que foi o melhor estágio que já fiz até hoje, tanto em termos de aprendizado, quanto nas amizades que conquistei.

2 comentários:

  1. Ai, que saudade ao ler esse texto, Lu. Saudade da faculdade, de acordar todo dia e ver a cara do povo, as pessoas dizem que faculdade é a melhor época da vida e eu não entendia porque, mas é sim, viu, amiga? No UNI a turma é a mesma desde o início, então foram quatro anos convivendo com aquelas pessoas, fazendo amigos, pessoas que ainda levo comigo todos os dias. E os estágios? E a TV UFMG? Nossa, que saudade, viu! Lhe desejo, de todo meu coração, que Deus abençoe seu caminho, que ao formar você encontre o melhor dos empregos e se torne uma grande jornalista, pois você é merecedora e capaz! Um grande beijo, parabéns, por ainda não ter se formado (hehe)!

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  2. Oi, linda! não preciso dizer que vai acontecer a mesma coisa comigo né. Mas por uma diferença de tempo um pouco menor, pelo menos..rs. Os carrascos do mercado de trabalho, com seus chicotes e labaredas de fogo saindo pela boca, ainda não me encontraram também, mas a proximidade da colação verdadeira assusta de verdade. Mas uma coisa me consola sobre vc: não me resta dúvida sobre seu talento, sua garra e determinação. E como vc mesma diz, cada um tem sua hora. Nesse mar que não está muito pra peixe (e espero não estar falando de signos) e onde sempre tem muita tempestade, vc vai ter a sua hora. Beijão (os parabéns deixo pro ano que vem)

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