terça-feira, 24 de junho de 2008

Teste da paciência!

Você beija bem? É ciumenta? Qual seu grau de sensualidade? Ele está afim de você? Vocês vão ser felizes para sempre? E por aí vai.... É uma ladainha só, que sempre se repete nos testes de personalidade e comportamento que a gente vê em tudo que é revista de “mulherzinha”. E eu cansei! Cansei de achar que só porque uso calça jeans e blusinha pra sair, sou “pessoa de baixo impacto”. Estou de saco cheio de ler que só porque eu não levo café na cama pro meu amor e ele não massageia meus pés, nós não fomos feitos um pro outro.

Durante boa parte da minha adolescência eu fiz estes tais testes, achando que ia encontrar a resposta pronta para minha vida. Eu pensava assim “bom, o teste da revista X falou que ele está afim, logo nós fazemos o par perfeito”. Santa ignorância! E eu me iludia, achava que um grupo de perguntas óbvias poderia dizer se eu beijo bem ou se eu sou pra casar.

Muita coisa até que deu certo: sim, eu sou boa filha, eu e meu namorado nos amamos, sou fiel e eu tenho personalidade forte. Mas teve muita bola fora! Erraram feio quando disseram que eu era do tipo aventureiro, que topa qualquer programa de índio; quando falaram que estava rolando um clima entre mim e o talzinho dos tempos de colégio; e pisaram na bola quando disseram que eu não sou ciumenta.

E aí que vem a questão: quem pode realmente dizer tudo isso não é uma revista ou um site qualquer, mas nós mesmos, e olhe lá! Qualquer pessoa com um mínimo de imaginação do que é “desejável” ou não num certo padrão de personalidade pode forjar um teste destes de olhos fechados. Para que? Simplesmente para se sentir melhor quando se olhar no espelho e “ver” uma tarja na testa de “beijo bom, aprovado pelo InMETRO”, ou então “a mais popular da sala, todo mundo quer seu amigo, PARABÉNS!”.

Pelamordideus! Gente, se quer aumentar a auto-estima, ver o que os outros pensam de você, é muito melhor e mais seguro perguntar pros seus amigos, seu namorado ou pra si mesmo. Só não deixe se iludir com um rótulo de revista, que nunca te viu, te tocou e nunca perguntou realmente “O que você pensa?”.

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